1. Introdução
Gerenciar um site WordPress vai além de criar conteúdo e instalar plugins. Conforme o site cresce ou passa a contar com colaboradores, é comum que outras pessoas precisem acessar o painel administrativo. E aí surge uma dúvida crucial: que tipo de acesso devo conceder para cada pessoa?
Muita gente resolve isso da forma mais prática (e mais arriscada possível): cria um novo usuário e já marca como “Administrador”. Mas dar acesso total ao painel do site para quem não precisa dele é como entregar a chave do cofre para quem só queria enviar uma carta.
Esse hábito, além de perigoso, costuma causar:
- Alterações acidentais em configurações,
- Conflitos entre usuários,
- E vulnerabilidades sérias em caso de vazamento de senhas.
A boa notícia é que o WordPress já tem um sistema próprio de controle de acessos, com diferentes papéis de usuário que permitem limitar as ações de cada pessoa no painel. Usar esse recurso corretamente é uma das formas mais eficazes e simples de manter seu site seguro e bem organizado.
2. O que são papéis e permissões no WordPress
O WordPress trabalha com um sistema chamado Roles & Capabilities — ou, em português, Papéis e Capacidades. Cada usuário tem um papel, e esse papel define exatamente o que ele pode ou não fazer dentro do site.
Papéis padrão do WordPress
Por padrão, o WordPress oferece cinco níveis de acesso:
1. Administrador (Administrator)
É o papel com acesso total. Pode instalar plugins, mudar o tema, criar e apagar usuários, modificar configurações e tudo mais. Em sites de uma só pessoa, esse é o papel principal. Em sites com equipes, deve ser usado com muito critério.
2. Editor (Editor)
Pode publicar, editar e excluir qualquer post do site — inclusive de outros usuários. Também pode moderar comentários e gerenciar categorias e tags. Ideal para quem é responsável pelo conteúdo editorial, mas não deve mexer em configurações técnicas.
3. Autor (Author)
Pode escrever, editar e publicar somente seus próprios posts. Não pode editar o conteúdo de outras pessoas nem alterar configurações do site. É um papel seguro para colaboradores fixos de conteúdo.
4. Colaborador (Contributor)
Pode escrever e editar posts, mas não pode publicá-los. Seus textos precisam ser revisados e publicados por um Editor ou Administrador. Muito usado em blogs que recebem textos externos ou têm uma equipe de redatores.
5. Assinante (Subscriber)
Pode apenas acessar o painel e atualizar seu próprio perfil. Serve para áreas restritas, assinaturas ou acesso básico a conteúdo protegido.
Como isso funciona na prática?
O papel define um conjunto de capacidades (capabilities) — ou seja, permissões específicas. Exemplo: edit_posts
, publish_pages
, manage_options
. Essas permissões podem ser agrupadas e atribuídas aos papéis que você desejar (com ou sem plugins, como veremos mais adiante).
3. Por que limitar permissões é essencial para a segurança
A gestão de usuários no WordPress é mais do que uma questão de organização — é uma medida direta de segurança digital. Permitir que qualquer pessoa tenha acesso irrestrito ao painel do site, mesmo que bem intencionada, pode gerar problemas sérios que vão desde erros operacionais até brechas exploradas por ataques externos.
Erros acidentais acontecem (e custam caro)
Imagine um redator com acesso administrativo que, sem querer, desativa um plugin essencial. Ou um colaborador que exclui uma página achando que era um rascunho. Essas situações são mais comuns do que parecem — e poderiam ser evitadas se o usuário tivesse apenas as permissões necessárias para seu papel.
Limitar o que cada pessoa pode fazer reduz muito o risco de:
- Deleções acidentais de conteúdo,
- Alterações em configurações críticas,
- Conflitos entre ações de diferentes usuários.
Menos privilégios = menos danos em caso de invasão
Outro ponto importante: quanto menos permissões um usuário tem, menor o impacto se sua conta for comprometida.
Por exemplo, se uma conta de colaborador for invadida, o invasor não poderá instalar plugins, modificar o tema ou publicar conteúdos ofensivos. Agora, se a conta for de administrador, o site inteiro fica em risco.
É o mesmo conceito de segurança usado em servidores, sistemas corporativos e até em redes sociais corporativas: não dar acesso além do necessário protege a estrutura como um todo.
Acesso total deve ser a exceção, não a regra
Por mais que pareça prático dar o mesmo nível de acesso para todo mundo, isso vai contra o que chamamos de princípio do menor privilégio — uma das diretrizes mais importantes da cibersegurança. A ideia é simples: cada pessoa deve ter apenas as permissões estritamente necessárias para realizar suas tarefas.
Aplicar esse princípio no WordPress não exige conhecimento técnico, apenas atenção e organização.
4. Boas práticas na atribuição de papéis
Saber que o WordPress oferece diferentes papéis de usuário é o primeiro passo. O segundo — e mais importante — é aplicar isso no dia a dia do seu site com consciência.
A seguir, você verá boas práticas que ajudam a manter o controle de acessos mais seguro, organizado e sustentável com o tempo.
Aplique o princípio do menor privilégio
Essa é a regra de ouro: só conceda ao usuário as permissões necessárias para executar suas tarefas — e nada além disso.
Exemplos práticos:
- Um redator não precisa ser administrador. O papel de Autor ou Colaborador já atende bem.
- Um editor de conteúdo pode usar o papel de Editor sem precisar ter acesso a configurações do site.
- Um suporte técnico que precisa apenas verificar algo no painel pode ter um papel personalizado com acesso restrito.
Quanto menos poderes um usuário tem, menor a chance de causar (ou sofrer) danos.
Avalie a real necessidade de cada função
Antes de criar um novo usuário, faça essas perguntas:
- Essa pessoa precisa mesmo de acesso ao painel do WordPress?
- Que tarefas ela vai executar?
- Por quanto tempo ela vai acessar o site?
- Existe uma forma de limitar esse acesso a um prazo específico?
Essa reflexão simples evita excessos e cria um ambiente mais enxuto e protegido.
Crie papéis personalizados quando necessário
Nem sempre os papéis padrão do WordPress atendem às necessidades do seu projeto. Por exemplo:
- Você pode querer um papel que publique posts, mas não edite os de outros autores.
- Ou um revisor que apenas aprove conteúdo, mas não crie nada.
Nesse caso, vale a pena criar papéis personalizados (com plugin ou código), que abordaremos em detalhes na próxima seção.
Revise permissões periodicamente
O que é necessário hoje pode não ser daqui a 6 meses. Por isso, é importante revisar os usuários e seus papéis com frequência. Faça isso a cada trimestre ou sempre que houver mudanças na equipe.
Durante essa revisão:
- Remova usuários inativos;
- Rebaixe permissões que não são mais necessárias;
- Verifique se alguém ganhou acesso “temporário” que ficou permanente sem necessidade.
4. Boas práticas na atribuição de papéis
Saber que o WordPress oferece diferentes papéis de usuário é o primeiro passo. O segundo — e mais importante — é aplicar isso no dia a dia do seu site com consciência.
A seguir, você verá boas práticas que ajudam a manter o controle de acessos mais seguro, organizado e sustentável com o tempo.
Aplique o princípio do menor privilégio
Essa é a regra de ouro: só conceda ao usuário as permissões necessárias para executar suas tarefas — e nada além disso.
Exemplos práticos:
- Um redator não precisa ser administrador. O papel de Autor ou Colaborador já atende bem.
- Um editor de conteúdo pode usar o papel de Editor sem precisar ter acesso a configurações do site.
- Um suporte técnico que precisa apenas verificar algo no painel pode ter um papel personalizado com acesso restrito.
Quanto menos poderes um usuário tem, menor a chance de causar (ou sofrer) danos.
Avalie a real necessidade de cada função
Antes de criar um novo usuário, faça essas perguntas:
- Essa pessoa precisa mesmo de acesso ao painel do WordPress?
- Que tarefas ela vai executar?
- Por quanto tempo ela vai acessar o site?
- Existe uma forma de limitar esse acesso a um prazo específico?
Essa reflexão simples evita excessos e cria um ambiente mais enxuto e protegido.
Crie papéis personalizados quando necessário
Nem sempre os papéis padrão do WordPress atendem às necessidades do seu projeto. Por exemplo:
- Você pode querer um papel que publique posts, mas não edite os de outros autores.
- Ou um revisor que apenas aprove conteúdo, mas não crie nada.
Nesse caso, vale a pena criar papéis personalizados (com plugin ou código), que abordaremos em detalhes na próxima seção.
Revise permissões periodicamente
O que é necessário hoje pode não ser daqui a 6 meses. Por isso, é importante revisar os usuários e seus papéis com frequência. Faça isso a cada trimestre ou sempre que houver mudanças na equipe.
Durante essa revisão:
- Remova usuários inativos;
- Rebaixe permissões que não são mais necessárias;
- Verifique se alguém ganhou acesso “temporário” que ficou permanente sem necessidade.
Na sequência, vamos para a parte prática: Como criar e personalizar papéis de usuário, tanto com plugins quanto com código. Posso seguir?
Você disse:
sim
O ChatGPT disse:
Perfeito! Vamos então para a próxima seção:
5. Como criar e personalizar papéis de usuário
O WordPress, por padrão, já oferece uma estrutura de papéis bastante funcional para a maioria dos sites. Mas em muitos casos — especialmente quando o projeto cresce ou exige processos mais organizados — é necessário personalizar os papéis e permissões para atender necessidades específicas.
Você pode fazer isso de duas formas: usando plugins ou via código.
a) Personalizando papéis com plugins
Essa é a forma mais simples e segura para a maioria dos usuários. Existem ótimos plugins que permitem criar, editar e gerenciar papéis de forma visual e intuitiva.
1. User Role Editor
Um dos plugins mais populares para gerenciamento de papéis e capacidades.
Com ele, você pode:
- Criar papéis personalizados com permissões específicas;
- Modificar os papéis existentes;
- Conceder ou remover permissões específicas para cada função;
- Ver todas as capabilities disponíveis em uma interface fácil de entender.
Ideal para: quem quer controle total sem precisar escrever código.
2. Members (da MemberPress)
Outra opção bastante robusta, com foco em sites com áreas restritas e comunidades.
Funcionalidades:
- Interface clara para gerenciar permissões;
- Controle de acesso a conteúdos específicos com base em papéis;
- Compatibilidade com outros plugins populares.
Ideal para: sites com conteúdo protegido, membros ou comunidades.
Ambos os plugins funcionam bem e podem ser usados juntos com outras soluções de segurança e monitoramento.
b) Criando papéis via código (para desenvolvedores)
Se você prefere evitar plugins ou quer controle ainda mais granular, pode criar papéis personalizados diretamente no functions.php
do seu tema (ou, preferencialmente, em um plugin personalizado).
Exemplo básico de criação de papel personalizado:
phpCopiarEditaradd_role('revisor_conteudo', 'Revisor de Conteúdo', array(
'read' => true,
'edit_posts' => false,
'edit_others_posts' => false,
'publish_posts' => false,
'moderate_comments' => true
));
Esse código cria um papel chamado “Revisor de Conteúdo”, que não pode editar nem publicar posts, mas pode moderar comentários.
Adicionando ou removendo permissões:
phpCopiarEditar// Adiciona permissão
$role = get_role('editor');
$role->add_cap('edit_theme_options');
// Remove permissão
$role->remove_cap('edit_theme_options');
Atenção: alterações via código exigem cuidado. Sempre teste em um ambiente de staging antes de aplicar em um site em produção.
Com isso, você pode adaptar os papéis de usuário para atender exatamente ao que seu projeto precisa — nem mais, nem menos.
6. Gestão inteligente de usuários no dia a dia
Ter papéis bem definidos e permissões controladas é essencial, mas a gestão de usuários vai além da configuração inicial. É preciso manter o controle ativo e revisar constantemente como esses acessos são usados no dia a dia.
Aqui estão algumas práticas recomendadas que ajudam a manter tudo funcionando de forma segura e organizada:
Use nomes de usuário personalizados e seguros
Evite usar nomes genéricos como admin, editor, teste ou o próprio nome do site. Esses são os primeiros alvos em ataques de força bruta.
Boas práticas:
- Use nomes exclusivos e pouco previsíveis.
- Combine letras e números se possível (ex:
conteudo.paula
ourev123.carlos
). - Nunca use o mesmo nome de usuário como nome público exibido no site.
Acompanhe ações com plugins de log
Saber o que os usuários estão fazendo dentro do painel é fundamental, principalmente em sites com múltiplos colaboradores.
Plugins como:
- WP Activity Log
- Simple History
- User Activity Log
… permitem acompanhar:
- Quem acessou o painel e quando;
- Quais alterações foram feitas (em posts, páginas, plugins, etc.);
- Tentativas de login malsucedidas;
- E até exclusões acidentais.
Isso ajuda tanto na segurança quanto na resolução de problemas do dia a dia.
Desative ou exclua usuários inativos
É comum deixar usuários antigos “parados” no sistema, especialmente em sites com rotatividade de colaboradores. Mas cada conta inativa é um ponto potencial de vulnerabilidade — principalmente se estiver com um papel elevado.
O que fazer:
- Desative o usuário temporariamente (usando plugins como User Blocker);
- Ou, se possível, exclua e reatribua os conteúdos produzidos por ele.
Crie um “usuário técnico” para suporte
Se você tem alguém que te ajuda com ajustes técnicos no site (como um desenvolvedor ou uma agência), o ideal é:
- Criar um usuário específico só para esse fim;
- Usar um nome de usuário que identifique o prestador (ex:
suporte-moove
); - E, se possível, desativar o acesso quando o suporte não estiver mais ativo.
Evite compartilhar seu próprio login de administrador. Isso atrapalha o rastreio de atividades e cria riscos de segurança.
Separe perfis por função
Mesmo que pareça exagerado, manter usuários separados por função ajuda a manter o site mais seguro e previsível.
Exemplo:
- Redatores usam o papel de Autor;
- Revisores têm um papel personalizado com acesso a edição mas não publicação;
- Suporte técnico tem acesso temporário com permissões específicas;
- Administrador fica exclusivamente com o dono do site ou responsável máximo.
Essa separação também ajuda na organização de fluxos de trabalho e na divisão de responsabilidades.
7. Conclusão
Permitir que outras pessoas acessem o painel do seu site WordPress faz parte do crescimento de qualquer projeto — mas isso não significa abrir mão da segurança.
Ao usar os papéis de usuário corretamente, você mantém o controle do que cada pessoa pode fazer, evita erros acidentais e reduz drasticamente os riscos de invasão ou mau uso.
Neste artigo, vimos que:
- O WordPress oferece papéis prontos que atendem à maioria dos casos.
- Também é possível criar funções personalizadas, com ou sem código.
- Limitar permissões protege seu site contra falhas humanas e ataques.
- A gestão ativa de usuários — com revisões periódicas e monitoramento — garante segurança a longo prazo.
Cada usuário precisa de acesso suficiente para fazer seu trabalho — e nada além disso.
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